quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Abandonei este espaço durante todo o ano de 2009. É que foi um ano de mudanças, de adaptação, onde precisei estar 100% focada no trabalho. Foi um ano que precisei me superar, precisei ultrapassar meus limites, vencer as dificuldades e as barreiras que as vezes surgem no caminho e de fato faltou tempo para atualizar o blog. Separar, mesmo que fosse apenas um segundo, pareceu impossível devido a tantas responsabilidades e compromissos. Esse ano não será diferente, sei que terei uma imensidade de desafios para vencer. Mas um desses será tentar, pelo menos tentar, manter esse espaço vivo.

Por isso, pensando no início das aulas, decidi compartilhar esse texto que tocou tão profundamente a minha alma e reflete o que penso, sinto e desejo para meu ambiente de trabalho. Pretendo fazer um momentinho de reflexão durante o planejamento do início das aulas nas escolas que trabalho. Falar com Deus nunca é de mais e nunca deve ser visto como algo inapropriado para o ambiente escolar.


Espero que, assim como eu, vocês também se sintam tocadas por essas palavras inspiradores e que, de alguma forma, elas possam ser úteis a vocês. Beijos e um excelente retorno ao trabalho.




Deus, meu Deus. Autor da vida. Senhor da His­tória. Estamos juntos em oração. Juntos como deter­minaste. E juntos sentimos a Tua presença e consa­gramos esse novo ano. E juntos pedimos-Te que possamos ser fiéis à nossa vocação.

Que neste novo ano, Senhor, os professores se lembrem da vocação de ensinar. Que sejam tocados pelo Teu amor, para que possam partilhar amor. Que estejam entusiasmados, cientes do sublime papel de tocar a alma e de ajudar o aluno a entender que vale a pena ser bom, que vale a pena aprender, e apren­der sempre, para que sejam, ao mesmo tempo, mais sábios e mais humildes.

Que neste novo ano, Senhor, os alunos estejam mais receptivos. Que se abram para a eterna novida­de da vida, da amizade, do amor. Que, nas salas de aula, o Teu espírito esteja presente, tocando no cora­ção de todos eles, sem distinção. E que a carência que vem de famílias ausentes seja amenizada nestes espaços de luz.

Que, neste novo ano, cada funcionário se rego­zije de sua missão. Que ninguém se sinta diminuí­do, e que o respeito seja o guia de cada relação. Que a arrogância não encontre eco nesses espaços. Que a prepotência dê lugar ao olhar singelo de todos que precisam aprender. E Tu sabes, Senhor, que todos, sem distinção, precisam aprender.

Que, nessa escola, um clima de harmonia possa reinar. Que cada canto e recanto seja abençoado. Que os acidentes sejam pequenos e não retirem o sorriso e o encanto das pessoas que aqui vêm para exercitar a arte e a missão de construir a felicidade. Que seja­mos todos acolhedores e nos sintamos todos acolhi­dos por estarmos juntos, aqui.

Que os pais possam estar mais presentes. Que se lembrem de que são os primeiros educadores e que não podem relegar à escola o seu papel de conduto­res de toda a vida. Que os pais se amem. Que a vio­lência não encontre guarida na casa de nossos alu­nos. Que a serenidade vença a agressividade, e que o amor jamais tire folga.

Senhor, abençoa este novo ano! Queremos reno­var nossa fidelidade ao Teu chamado. Queremos renovar nossa disposição de viver a vida a serviço de uma grande causa, da causa do amor. E que o amor, esse sentimento divino e humano, esse sentimento que sintetiza Tua essência, nossa essência, seja a ra­zão de estarmos aqui.Amém!
(Gabriel Chalita)

sábado, 18 de outubro de 2008

Caros amigos, colegas, visitantes e afins. Depois de um período sem postar nada aqui, me lembrei deste espaço, pois ele recebeu ilustres e bem vindas visitas. Fiquei muito feliz em ver que, mesmo sem tempo de atualizar o blog como eu queria, mesmo assim, tenho contado com inúmeras visitas diariamente. É que o tempo anda me escapando, fugindo de mim, e os dias passam cada vez mais rápido. Trabalhar em mais de uma escola e em mais de um emprego, estudar, ler, trocar idéias com os colegas de trabalho, planejar, registrar, escrever. Nada disso é muito fácil, nem muito simples, principalmente se você quer fazer bem feito. E de repente, no meio de tantos compromissos e do tempo que passa voando eu ainda sinto que fico em falta com vocês que sempre me visitam.

Esses dias produzi algumas coisas, mas ando sem tempo de postar, assim que as coisas se acalmarem publicarei aqui para que todos vocês tenham acesso ao material.

Mas, mesmo em grande atraso, gostaria de parabenizar a todas vocês pelo Dia do Professor com essa simples mensagem que segue aí abaixo:

As bolas de papel na cabeça,
Os inúmeros diários para se corrigir,
As críticas, as noites mal dormidas...
Tudo isso não foi o suficiente
Para te fazer desistir do teu maior sonho:
Tornar possíveis os sonhos do mundo.

Que bom que esta tua vocação
Tem despertado a vocação de muitos.
Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores,
Quando em seu dia-a-dia
Tantas dificuldades acontecem.
A rotina é dura, mas você ainda persiste.
Teu mundo é alegre, pois você
Consegue olhar os olhos de todos os outros
E fazê-los felizes também.

Você é feliz, pois na tua matemática de vida,
Dividir é sempre a melhor solução.
Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida
O teu coração a cada dia,
Dando-te tanto prazer em ensinar.

Homenagens, frases poéticas,
Certamente farão parte do seu dia a dia,
E quero de forma especial, relembrar
A pessoa maravilhosa que você é
E a importância daquilo do seu ofício.
É por isto que você merece esta homenagem
Hoje e sempre, por aquilo que você é


domingo, 17 de agosto de 2008

Para ler e refletir

Da Escola
Obrigado, Senhor, pela minha escola!
Ela tem muitos defeitos. Como todas as escolas têm. Ela tem problemas e sempre terá. Quando alguns são solucionados, surgem outros, e, a cada dia, aparece uma nova preocupação.
Neste espaço sagrado, convivem pessoas muito diferentes. Os alunos vêm de famílias diversas e carregam com eles sonhos e traumas próprios. Alguns são mais fechados. Outros gostam de aparecer. Todos são carentes. Carecem de atenção, de cuidado, de ternura.
Os professores são também diferentes. Há alguns bem jovens. Outros mais velhos. Falam coisas diferentes. Olham o mundo cada um à sua maneira. Alguns sabem o poder que têm. Outros parecem não se preocupar com isso. Não sabem que são líderes. São referenciais. Ou deveriam ser.
Funcionários. Pessoas tão queridas, que ouvem nossas lamentações. E que cuidam de nós. Estamos juntos todos os dias. Há dias mais quentes e outros mais frios. Há dias mais felizes e outros mais dolorosos. Mas estamos juntos.
E o que há de mais lindo em minha escola é que ela é acolhedora. É como se fosse uma grande mãe que nos abraçasse para nos liberar somente no dia em que estivéssemos preparados para voar. É isso. Ela nos ensina nossa vocação. O vôo. Nascemos para voar, mas precisamos saber disso. E precisamos, ainda, de um impulso que nos lance para esse elevado destino.
Não precisamos de uma escola que nos traga todas as informações. O mundo já cumpre esse papel. Não precisamos de uma escola que nos transforme em máquinas, todos iguais. Não. Seria um crime reduzir o gigante que reside em nosso interior. Seria um crime esperar que o vôo fosse sempre do mesmo tamanho, na mesma velocidade ou na mesma altura.
Minha escola é acolhedora. Nela, vou permitindo que a semente se transforme em planta, em flor. Ou permitindo que a lagarta venha a se tornar borboleta. E sei que, para isso, não preciso de pressa. Se quiserem ajudar a lagarta a sair do casulo, talvez ela nunca tenha a chance de voar. Pode ser que ela ainda não esteja pronta.
Minha escola é acolhedora. Sei que não apreenderei tudo aqui. A vida é um constante aprendizado. Mas sei também que aqui sou feliz. Conheço cada canto deste espaço. As cores da parede. Os quadros. A quadra. A sala do diretor. A secretaria. A biblioteca. Já mudei de sala muitas vezes. Fui crescendo aqui. Conheço tudo. Conheço as pessoas. E cada uma delas se fez importante na minha vida. Na nossa vida.
E, nesta oração, eu Te peço, Senhor, por todos nós que aqui convivemos. Por este espaço sagrado em que vamos nascendo a cada dia. Nascimento: a linda lição de Sócrates sobre a função de sua mãe, parteira. A parteira que não faz a criança porque ela já está pronta. A parteira que apenas ajuda a criança a vir ao mundo. E faz isso tantas vezes. E, em todas as vezes, fica feliz, porque cada nova vida é única e merece todo o cuidado.
Obrigado, Senhor, pela minha escola! Por tudo o que de nós nasceu e nasce neste espaço. Aqui, posso Te dizer que sou feliz. E isso é o mais importante.
Amém!
Fonte: CHALITA, Gabriel. Educar em oração. Cachoeira Paulista: Canção Nova, 2005. p. 50
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sábado, 16 de agosto de 2008

PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO - Livros Animados: A Cor da Cultura

JUSTIFICATIVA:
Tal como a sociedade, qualquer escola é um espaço social formado por pessoas: professor e crianças diferentes umas das outras, por razões diversas, como nacionalidade, pertencimento étnico-racial, condição social, gênero, e ainda, com necessidades, possibilidades e expectativas, também diferentes. Dessa forma, a escola precisa garantir que seus alunos aprendam a divulgar e produzir conhecimentos, bem como, atitudes, posturas e valores que garantam, a todos, respeito e valorização quanto as suas diferenças.

OBJETIVOS:
- Fortalecer vínculos afetivos em relação às demais pessoas, percebendo que as diferenças não são fatores de inferioridade, antes enriquecem as interações entre as pessoas e os grupos sociais;
- Respeitar as diferenças, especialmente as étnico raciais, de gênero e de cultura, como contribuições efetivas na construção das identidades individuais e de grupo;
- Ter posturas e atitudes que evidenciem combate às diferentes manifestações de racismo, no âmbito de suas relações pessoais, familiares e em outros grupos a que pertença;
- Formar uma imagem e um conceito positivos de si mesmo e dos outros, em função de características étnico-raciais, de gênero e de cultura de que é possuidora;
- Valorizar ações de cooperação, solidariedade e empatia, vividas em situações em que a partilha é fundamental.


1º SEMANA
Trabalhando as diferenças.

- Questione os alunos: "Menino brinca de boneca?" Você pode ler para eles (ou com eles, no caso de alunos já alfabetizados) o livro ou texto: Menino brinca de boneca?, de Marcos Ribeiro (Editora Salamandra), e discutir esse mito;
- Peça previamente aos alunos para trazerem de casa figuras de diversos profissionais. Sente-se em roda com eles e analise as figuras. Que profissões são mais retratadas? Essas profissões estão mais ligadas a homens ou a mulheres? Há profissões predominantemente masculinas ou femininas? Por quê?
- Leitura do texto: “Menino Brinca de boneca?”(em anexo);
- Pesquisar quais as vantagens e desvantagem de ser menino e de ser menina;
- Realização de dinâmica: Desenhar no papel pardo o corpo de menino e de menina e colocar as características de cada gênero;
- Fazer duas listas: na primeira, escrever coisas que eles acham que menino pode fazer e coisas que não pode fazer. Na segunda lista, escrever coisas que acha que menina pode e coisas que não pode fazer. Comparar a lista com a dos colegas, e vê se há muitas diferenças;
- Levar os alunos a perceberem que as pessoas são diferentes uma das outras, não por serem homem e mulher, menino ou menina e o que deverão fazer é aceitar cada um como é;
- Perguntar se concordam que homem não chora. Por que as pessoas choram? Se para eles homem e mulher pode chorar?
- Expor ilustrações de brinquedos e ou brincadeiras, onde os alunos poderão separar o que eles consideram de menino ou menina e explicar os motivos;
- Perguntar se pode haver inversão dos papeis (ex. menina brincar de carrinho e menino de boneca);
- Perguntar se menino pode usar brinco, menina jogar futebol, se menino/ homem pode chorar.
- Exibição do Livro Animado “O Menino Nito” –
Programa 31;
- Interpretação: O Menino Nito tinha esse nome por quê? O que é uma pessoa bonita para vocês?
- Desenhar o que eles acham de bonito nas pessoas;
- Expor os desenhos e socializar para a classe;
- Brincadeira para saber quem consegue rir mais alto, colocar a mão no nariz por traz da cabeça, quem consegue chorar (como um bebê chora, como um menino, menina homem e mulher);
- Recortar fotos de revistas e jornais para observação das imagens e percepção de que cada um é diferente, as pessoas podem ser magras ou gordas, altas ou baixas, branca ou afro-descendente. Diferem também quanto à nacionalidade, gostos, opiniões, profissão, religião partido político;
- Pedir para as crianças observar os dedos da nossa mão (são todos diferentes um do outro), mas precisamos de todos eles para bater palma, escrever... Da mesma forma as diferenças existentes entre as pessoas não é um impedimento para que convivam juntas;
- Distribuir um conjunto de quatro bonecos (europeu, africano, índio, oriental) e vestimentas de papel (em anexo). Apresentar os bonecos contando um pouco da história de cada um: quem são, como são, de onde vem, como são seus paises de origem, seus usos, seus costumes...), em anexo;
- Solicitar que os alunos pintem os bonecos, recortem, coloquem suas vestimentas. Solicitar que inventem uma história envolvendo os bonecos, mostrando como podem se vestir, conversar, serem amigos, compartilhar pertences, etc).
- Apresentar a história criada.

2º SEMANA
- Perguntar aos alunos: O que nos faz brasileiros e brasileiras?
- Levar os alunos a compreender que um dos pontos é a diversidade étnico-racial. Nosso país é rico em diversidade, tanto nos aspectos naturais quanto humanos;
- Preparar um ambiente acolhedor para ouvir e contar histórias;
- Apresentação do vídeo “Menina Bonita do Laço de Fita” - Programa 31

- Mostrar a capa do livro aos alunos. "Ler" a imagem da capa com eles, fazendo perguntas sobre a ilustração: a cor da pele da menina, do coelho, o cabelo da menina (quem usa cabelo assim? é difícil fazer um penteado como esse? leva muito tempo?). Destacar o olhar apaixonado, pensativo-sonhador do coelho;
- Pedir aos alunos que mostrem o que mais na ilustração indica que o coelho está apaixonado. Dizer o nome do ilustrador e falar sobre a importância da ilustração na leitura;
- Perguntar aos alunos se eles têm uma idéia do motivo de o coelho querer ter a cor da pele da menina. Será que ele não está satisfeito com a própria cor? Comentar com as crianças as respostas dadas;
- É importante que o(a) professor(a) destaque que além de muito bonita, essa heroína é também muito esperta e criativa, pois mesmo não sabendo responder às perguntas do coelho, sempre tem uma solução para que ele se torne da cor desejada: cair na tinta preta, tomar muito café, comer muita jabuticaba...

- Antes de ler o trecho que fala da intervenção da mãe no diálogo entre a menina e o coelho, perguntar se alguém lembra como era a mãe da garota. Comparar a fala ("uma mulata linda e risonha") e a ilustração da mãe que é a de uma linda moça, moderna, bem vestida e arrumada (enfeitada, pintada, cabelos penteados), o que também contribui para que a classe forme uma imagem estética positiva da mulher negra;
- Realização de entrevista com os pais para saberem com quem o aluno se parece e apresentar os resultados da pesquisa oralmente (Por exemplo, dizendo frases como: Minha mãe diz que meus olhos são parecidos com os dela, mas que meus cabelos e minha boca se parecem com os da minha avó.);
- Pedir às crianças que desenhem:
a) a menina do laço de fita e a mãe
b) o coelho e sua nova família
c) suas famílias
- Mostrar, num mapa-múndi (em anexo), os cinco continentes - a América, a Europa, a Ásia, a África e a Oceania, ressaltando que eles são divididos em países, cada um com seus costumes e tradições, suas festas, músicas e danças, suas religiões e seu jeito de ser, pois ninguém é igual a ninguém e é isso que dá graça à vida;
- Falar com as crianças sobre as "famílias" (povos) que formam o Brasil: os índios, o negro, o colonizador europeu, os imigrantes italianos, japoneses, árabes, judeus etc. Explicar que esses povos foram se cruzando, para formar a grande família brasileira, que tem as características de suas origens. Lembrar aqui as contribuições desses povos nas festas, na música, na culinária, nas histórias etc;
- Preenchimento de questionário sobre as características físicas do aluno, como: cabelo, cor dos olhos, cor da pele etc., estimuladas por questões do tipo: Como você é? Como são seus cabelos, seus olhos...? Você usa óculos?);
- É possível também, partindo da observação da cor dos componentes da roda de histórias, fazer um gráfico da turma quanto a essa questão. Qual a cor que vai predominar?
- Depois de descobrirmos isso, uma conversa sobre a diversidade étnica que compõe o Brasil será atividade bastante produtiva;
- Montagem da árvore genealógica de cada aluno. Esta árvore deve contemplar os ascendentes conhecidos, destacando-se:

a) nomes e sobrenomes de pais, avós ou pessoas com quem a criança vive
b) data e local de nascimento e falecimento dos antepassados, quando for o caso
c) origem étnica (o grupo cultural do familiar)
- Realização de pintura, misturando as cores para ver que cor fica.


3º SEMANA
- surgimento da escravidão no Brasil

1. O aprisionamento de indígenas e o tráfico negreiro
2. O trabalho dos escravos
3. Resistência à escravidão (a história dos quilombos, o quilombo de palmares e o líder zumbi).
4. Abolição da Escravatura
- Exposição oral dos conteúdos;
- Interpretação dos conteúdos abordados;
- Decomposição da palavra PALMARES e outras palavras, para formação de novas palavras;
- Tentativa de escrita de palavras;
- Construção de maquete de um quilombo;
- Exibição do desenho animado A Botija de Ouro -
Programa 36;
Interpretação oral e/ou escrita: Quais eram os nomes que o dono da escravinha chamava com ela?
Por que a menina raspava a parede para comer?
O que foi que a escravinha achou quando estava presa no quarto escuro?
Por que o senhor mandou prender a escravinha no tronco?
Por que o feitor passou mel na escravinha quando ela estava presa no tronco?
Como ficou sendo chamada a escravinha?
Por que a escravinha passou a ser chamada assim?
Na opinião de vocês, por que a maioria dos escravos eram amigos um do outro? Porque viviam nas mesmas condições, enfrentavam a mesma situação, os mesmos problemas.
Quais eram as coisas em comum que os escravos tinham um com o outro? Cor da pele, cabelo...
Para você, o que é um verdadeiro amigo?
- Exibição do desenho animado Presente de Ossanha -
Programa36;
- Interpretação oral e/ou escrita
A quanto tempo se passou essa história?
Qual o local que a história acontece?
Como era os nomes dos personagens?
Qual a diferença entre os personagens Ricardo e o escravinho?
Quais as brincadeiras que os dois personagens brincavam?
Segundo a história, para que serve as plantas?
Por que Ricardo ficou doente?
Por que o escravinho foi vendido?
Qual o presente que o escravinho deixou para o seu amigo Ricardo?

- Desenhar um presente que gostaria de dar para o melhor amigo;
- Brincadeira (o senhorzinho mandou fazer);
- Ilustração da História Tempo de Escravidão (através de pintura)- Confecção de fantoches com perfil afro;
- leitura da poesia. Os versos de Solano Trindade “Tem Gente com Fome” (em anexo), são um bom exemplo de como essa experiência pode ser enriquecedora;
- Brincar com ele: dramatizá-lo, fazer um jogral com o grupo;
- Recriá-lo plasticamente (com sucatas, desenho, quadrinhos...);
- Reescrita em prosa do poema;
- Discuti-lo: o que aborda, qual a sua temática, de que lugares ele fala, de quais cidades?
- Proponha um debate: a partir da história do poeta, por que, na opinião de cada um, ele escreveu esse poema?
- Destaque causas para o fato de que há gente com fome, discutir coletivamente que soluções dariam para esse problema;
- Reescreva o poema, substituindo a palavra fome e recriando os demais versos. No Brasil, tem gente com...
- A partir da leitura do poema, promover debates e reflexões compartilhadas sobre ele, o que anuncia e o que denuncia;
- Pesquisar outros tipos de poesia voltados para problemas sociais;
- Fazer um levantamento sobre o que é ser uma pessoa negra e uma pessoa branca e criar uma poesia;

Ser negro é...
Ser branco é...

4º SEMANA
1. A herança dos escravos

2. situação dos negros no país (sócio-econômica, política, cultural etc.);
- Formação de painel coletivo com personalidades negras que alcançaram o reconhecimento.- Trabalhar a biografia dessas personalidades;
- Conversar sobre os falares africanos no Brasil, a presença negra nos modos de falar, sentir, se expressar;
- Construção de um glossário com palavras de origem africana;
Ex:Vamos à praia de tanga ou sunga, carregamos a canga na mochila, calçamos tamanco. Brincamos o carnaval da Bahia com abadá, ou dançamos samba com muita ginga, embalados pela cuíca, agogô e ganzá. Comemos caruru e mocotó, botamos dendê no acarajé e no vatapá... Fumamos cachimbo, bebemos água de moringa, damos um pito, tomamos um gole de cachaça, usamos carimbo e não gostamos de camundongo. Palavras: tanga, sunga, canga, mochila, tamanco, abadá, samba, ginga, cuíca, agogô, ganzá, mocotó, dendê, acarajé, vatapá, cachimbo, moringa, pito, cachaça, carimbo, camundongo.Outras palavras: macaco, pipoca, miçanga, marimbondo, quindim, jegue, berimbau, quiabo, bongô, cacunda.
- Decomposição das palavras para formação de novas palavras;
- Distribuir palavras glossário a um grupo de estudantes e distribuir seus significados a outras pessoas da classe. Um a um, os estudantes lerão suas palavras. Quem estiver com o significado delas deverá juntar-se a eles, de modo a formar uma dupla entre a palavra e seu significado. A atividade deve ser feita em círculo...
- Selecionar as palavras por repertórios. Classificá-las em alimentos vestimentas, lugares, instrumentos musicais, partes do corpo, situações do cotidiano, utensílios, animais, saudações, expressões, danças;
- Construir uma espécie de minidicionário, onde os alunos deverão colocar em ordem alfabética as palavras e pesquisar no dicionário seus significados;
- Organizar um livro de receitas de comida: inhame, quiabo, pimenta-malagueta, acarajé, vatapá;
Ditado

- Entregar uma lista de palavras ao aluno. Ditar uma palavra da lista. Cada aluno deverá encontrá-la na lista que tem em mãos e circulá-la. Em seguida, peça a um aluno que escreva aquela palavra no quadro. Peça aos alunos que confiram se circularam a palavra certa. Escrever no caderno. Para que essa atividade seja possível a todos é importante fornecer algumas ajudas. Diga a letra inicial e final, por exemplo;
- Elaborar palavras cruzadas, cruzadinha, caça-palavras, bingo, jogo da memória usando o repertório do glossário ou das comidas;
- Construir um barquinho de papel (pode ser confeccionado com jornal) e em uma das velas o professor coloca uma sílaba inicial e diz: “Da África veio um barquinho carregado de palavras começadas por CA (por exemplo). Quem sabe dizer o que tem dentro do barco? Os alunos podem dizer: Cachimbo, Caçula, Cachaça, Capoeira, Carimbo... (não necessariamente precisa ser palavra de origem africana);
- Listar as palavras no quadro, pedir para os alunos ler, copiar no caderno, formar frases, classificar em grupos (por exemplo) ritmos musicais, alimentos, instrumentos musicais, danças, alimentos...
- Seria interessante promover com os alunos uma pesquisa sobre os negros no Brasil e os avanços conquistados legalmente por essa parcela da população ao longo desses séculos. Seria interessante trabalhar a Linha de Tempo, fazendo duas linhas, uma sobre a história e a outra sobre as conquistas;
- Produzir uma história onde o negro seja o protagonista (sugestão: conto de fadas);
- Pesquisar, em casa, com familiares, que músicas eles lembram que os reportam à população negra/afro-brasileira. (Levar para a escola o acervo que for possível.);
- Fazer um levantamento de personalidades negras falecidas na sua localidade e montar a sua biografia;
- Pesquisar se na sua cidade há ruas, monumentos, escolas, bibliotecas... com nomes de personalidades negras;
- Fazer um levantamento de personalidades negras na sua cidade e entrevistá-las com o objetivo de montar sua biografia. Pode-se fazer o levantamento e depois dividir a turma em grupos para as entrevistas. No final, pode-se convidar o entrevistado para conversar com a turma toda;
- Fazer um levantamento e entrevistar pessoas negras que trabalham, estudam, lutam honestamente para viver com dignidade. Buscar saber como vivem, como são suas famílias, quais seus sonhos e ideais de vida, como têm superado as dificuldades do dia-a-dia. Perguntar o que acham do racismo e do preconceito racial, o que elas lembram dos seus antepassados;
- Fazer um livro de recortes de jornais e revistas, chamado "Antigamente e Agora" e colocar nele figuras do negro na situação de escravidão de antigamente e na situação de construção da inclusão social vivenciada atualmente. Caso os alunos não consigam encontrar fotos ou gravuras, fazer desenhos que retratem essa realidade;
- Construir uma linha do tempo.

5º SEMANA
1. Estudo dos ritmos e festas populares
- Levantamento do conhecimento prévio da turma iniciando uma discussão e perguntando o que sabem sobre o assunto relacionado à questão: Se os alunos gostam de dançar e cantar, em que ocasião costumam dançar, se já usou fantasia, contar como era a fantasia, se conhecem festas populares em que as pessoas cantam, dançam, brincam e se divertem, se na nossa região já alguma festa popular e tradicional, como é;
- Cantar músicas, elaborar coreografias, fazer parte de pequenas encenações são ações intencionais no trato com a diversidade;
- Brincadeiras de roda;
- Apresentação dos Vídeos Congo, Maracatu, Capoeira -
Programa 33
- Mostrar que muitas dessas danças deram origem às festas populares existentes no Brasil
- Estudar algumas das principais festas populares (carnaval em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia...);
- Estudar quais as características das festas (carnaval, forró) da nossa região;
- Comparar o carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo com o que acontece na nossa região
- Se já assistiu a um desfile de escola de samba, contar como é;
- Exibição do Livro Animado: O Reizinho de Congo -
Programa 33
- Explicar que muitos escravos que vieram da áfrica eram reis, rainhas, príncipes e princesas em suas terras;
- Interpretação oral ou escrita: Como era o nome do reizinho coroado? Por quê os avós do reizinho foram presos e perderam os dentes?
- Brincadeiras do rei: (as crianças imitam tudo o que o rei fizer e a criança de fora terá de advinhar quem é o rei);
- Confecção de coroas.

6º SEMANA
1. Lendas e fábulas da tradição oral africana
- Mostrar diversas gravuras de animais que vieram da África (leão, girafa, elefante, zebra, camelo, chimpanzé...);
- Perguntar se os alunos já conheciam esses animais, se sabem o nome, se já viram pessoalmente algum deles em circo, apresentações, se já viram em filmes...);
- Explicar que esses animais foram trazidos da África;
- Brincadeira do leão (as crianças fazem um círculo e pegam na mão uma da outra fechando o círculo, a criança que fica ao meio tenta escapar, perguntando: do que é feito isso: (e as outras tem de dizer materiais que são duros e resistentes, caso contrário o leão foge);
- Apresentação dos Vídeos: Bichos da África 1 e Bichos da África 2 -
Programa 32
(A mosca Trapalhona, A Tartaruga e o Leopardo, A moça e a Serpente, A Vingança da Eraga.).
- Interpretação oral ou escrita: Você sabe o que são personagens? Quem são os personagens do livro animado que você acabou de assistir? Que nomes próprios você daria aos personagens da história? Onde se passa a história?
- Fazer perguntas sobre o entendimento das fábulas;
- Representar com desenhos as fábulas (pode ser uma história em quadrinhos);
- Conto e recontos das lendas e fábulas;
- Pesquisar, com parentes, vizinhos e conhecidos, cantos, lendas e palavras de origem africana;
- Dramatizar, desenhar, resumir cenas do livro;
- Confeccionar máscaras;

- Desenho do animal que mais gosta e escrever o nome dele na folha. - Listagem dos animais que conhecem;
- Brincadeira: fazer a leitura da listagem dos animais. Se o animal for pequeno as crianças se agacham, se for um animal grande ficam de pé;
- Jogo de imitação de animais: A Professora tem um saquinho com fichas de desenhos e nomes de animais. Cada criança (uma por vez) tira uma ficha. A criança terá que imitar o animal e as demais deverão descobrir qual o animal que está sendo imitado;
- Representar músicas com auxílio do CD a partir de poemas musicados, mímicas e fantoches- Executar trabalhos com colagens, desenho e pintura;
- Jogos diversos com os personagens (de memória, escrita das letras do alfabeto, imagens e palavras);
- Dobraduras(origami);
- Apresentação de filmes ou desenhos que os personagens sejam animais;
- Conversa sobre animais (de pequeno porte) que podem viver dentro de nossa casa ou apartamento, como cachorro, gato, porquinho-da-índia e pássaros;

- Após esta exposição, as crianças poderão fazer máscaras de animais domésticos e representar uma pequena peça teatral, inspirada em contos ou histórias infantis que
tratem do assunto.


SUGESTÃO DE ATIVIDADES

ESCOLA_________________________________________
ALUNO (A):______________________________________
PROFESSOR:_____________________SÉRIE:__________
TURNO:____________________DATA_____/_____/_____

Várias são as formas de expressarmos nossa Pluralidade Cultural. Por exemplo: pela culinária, pela linguagem, pela moda, etc.

A culinária é uma das formas de entender a pluralidade cultural. Pesquise pratos típicos ou comida regional de diferentes Estados do País. Copie a receita.

Ingrediente_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Maneira de fazer____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Opções de Acompanhamento__________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

ATENÇÃO!

Você acha que cozinhar bem é tarefa só de mulher?
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Você sabe que os grandes ´chefs´de cozinhas de grandes hotéis e restaurantes são quase sempre homens?

Considerando a contribuição do negro na formação da nacionalidade brasileira pesquise os pratos usados na nossa culinária, de origem africana.
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Considerando que a contribuição do negro foi importante em várias áreas para a formação da nacionalidade brasileira, construa um glossário de palavras de origem africana que usamos diariamente e pesquise no dicionário seus respectivos significados.
GLOSSÁRIO DE PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANAS
PALAVRAS
SIGNIFICADOS

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Motivação

20 Dicas de Sucesso
Luiz Marins Filho

1. Elogie três pessoas por dia.
2. Tenha um aperto de mão firme.
3. Olhe as pessoas nos olhos.
4. Gaste menos do que ganha.
5. Saiba perdoar a si e aos outros.
6. Trate os outros como gostaria de ser tratado.
7. Faça novos amigos.
8. Saiba guardar segredos.
9. Não adie uma alegria.
10. Surpreenda aqueles que você ama com presentes inesperados.
11. Sorria.
12. Aceite sempre uma mão estendida.
13. Pague suas contas em dia.
14. Não reze para pedir coisas; reze para agradecer e pedir sabedoria e coragem.
15. Dê às pessoas uma segunda chance.
16. Não tome uma decisão quando estiver cansado ou nervoso.
17. Respeite todas as coisas vivas, especialmente as indefesas.
18. Doe o melhor de si no seu trabalho.
19. Seja humilde, principalmente nas vitórias.
20. Jamais prive uma pessoa de esperança. Pode ser que ela só tenha isso.

domingo, 11 de maio de 2008

Olá Pessoal,

Não pensem que abandonei este espaço. Estive muito ocupada por esses dias e nem tive tempo de postar as novidades por aqui.

Como a vida de educador é muito dinâmica, passando o dia das mães já estou pensando no novo projeto e sugestão de atividades para desenvolver, se trata do tema "São João". Sabemos que existe muita diversidade nessa festa, cada lugar comemora de um jeito especial, outros ainda, não tem essa tradição. Aqui em Campina Grande, por exemplo, é uma festa que todos comemoram, faz parte da cultura do nosso povo, são 30 dias de muito forró, quadrilha e animação.

Para iniciar os próximos postes sobre o assunto, gostaria de recomendar a visita ao seguinte site: Guiacampina.com.br.
Ele faz uma apresentação da agenda cultural da nossa cidade, destacando-se os festejos de São João, que acontecem durante todo o mês de junho que chamamos de "O Maior São João do Mundo".
Vale a pena fazer uma visitinha e aprender um pouco sobre essa importante festa.
Não deixem de nos visitar que estamos preparando coisas incríveis para o nosso trabalho em sala de aula.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Pensamentos

Hoje estou sem condições de escrever para vocês (física e psicologicamente). Estou com pouco tempo e com muitos problemas para resolver. Precisando me acalmar, refletir, decidir. Trabalhar em quatro escolas, cada uma com suas realidades e especifidades, estudar, ler, trocar idéias com os colegas de trabalho, planejar, registrar, escrever. Nada disso é muito fácil, nem muito simples, principalmente se você quer fazer bem feito. Como estou precisando refletir um pouco, pois muitas vezes essa luta se torna quase que um fardo, vou citar aqui alguns pensamentos de outros autores que me faz refletir sobre a educação.
“Se andarmos apenas por caminhos já traçados, chegaremos apenas aonde os outros chegaram.”
Alexander Graham Bell

“O que faz a diferença entre um bom professor e um excelente professor não está apenas nos cursos feitos, não aparece nas teses defendidas nem nas pesquisas realizadas. Independentemente dos anos de profissão. É a paixão pelo lecionar, por estar ali todos os dias. É algo que contagia os estudantes e que não pode ser fingido.”
Julio Clebsch

“O professor precisa entender que possui um produto — ele mesmo e sua bagagem de conhecimento — e atua em um mercado formado por clientes que devem ser levados em consideração. Se seus clientes não estão consumindo ou gostando de seu produto, não pode culpá-los. Deve, sim, experimentar diferentes receitas, diferentes embalagens, diferentes formas de servir seus conhecimentos até encontrar uma que cative o mercado.”
Julio Clebsch

“Na escola, encontram-se alunos muito diferentes, que trazem consigo seus valores e seus preconceitos. Eles veiculam o racismo, o sexismo, o nacionalismo, a intolerância religiosa ou política que adquiriram entre os colegas mais velhos ou os adultos. Os professores têm de saber instaurar o diálogo e o respeito mútuo, não fazendo belos discursos, mas na prática, na esperança de que essa coexistência e essa compreensão do outro, se estiverem presentes durante todo o percurso escolar, serão, progressivamente, interiorizadas e aplicadas em outras esferas da vida.”
Philippe Perrenoud

“Um ladrão rouba um tesouro, mas não furta a inteligência. Uma crise destrói uma herança, mas não uma profissão. Não importa se você não tem dinheiro, você é uma pessoa rica, pois possui o maior de todos os capitais: a sua inteligência. Invista nela. Estude!”
Augusto Cury

“Uma democracia de qualidade só é possível com uma população que sabe pensar. Saber pensar inclui, entre outros ingredientes, saber ler.”
Pedro Demo